Por Fernando Brito
Nenhuma surpresa no fato de Aécio Neves ter sido
transformado em réu pelo recebimento de dinheiro da JBS.
Aécio, Temer (esperando janeiro) e outros são fósforos
riscados, que bem serviram ao golpe mas já não tem uso e ajudam a alimentar a
lenda de que “a lei é para todos”.
Um pouco de “jeito” e ficará como Eduardo Azeredo, esperando
anos e anos que a “célere” justiça se faça.
Isso, num caso em que há mala, gravação de áudio e de vídeo
e não simples “convicção”.
Ainda assim, O Globo, na sua piedosa manchete, diz que “Seis
senadores já são réus da Lava-Jato no Supremo” e só no subtítulo menciona que
Aécio se juntou a esta lista.
Mas cedo, o inefável Carlos Alberto Sardemberg diz que Aécio
“estava evidentemente brincando” quando dise que seu primo Frederico, escalado
para apanhador da mala de dinhero, podia ser morto se ameaçasse abrir a boca.
(Aliás, no mesmo jornals da CBN, ele reescreveu o artigo da
Lei de Execução Penal dizendo que as visitas a Lula só poderia ser dos filhos e
irmãos – parentes de 1° grau, disse ele – e dos advogados, embora a lei fale
expressamente em “amigos”)
De toda a forma, nenhum significado tem mais Aécio senão o
de representar uma suposta imparcialidade judicial.
Ele já não vem ao caso para a política.
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