domingo, 18 de fevereiro de 2018

HUCK, O CANDIDATO

Por Daniel Gorte-Dalmoro

Luciano Huck, a despeito do que diga, segue candidato à presidência da República Bananeira do Brazil. Artigos na Folha e ameaças da Globo são apenas jogo de cena: sua candidatura só pode ser dada como enterrada quando não tiver mais possibilidade de acontecer - abril, conforme as leis atuais, se não acharem mais apropriado mudá-las, tendo em vista a casuística do momento.

Primeiro fator de que segue candidato: Huck não teve essa ideia ano passado, em um jantar na casa de alguma socialite. É projeto acalentado há quase uma década: não achei que foi puro flerte quando li, em entrevista para a revista Alfa, em 2011, que o garoto propaganda da Globo desejava se tornar presidente da República, por mais que desconversasse (glo.bo/2o3cTMG, não achei a entrevista original). São ao menos sete anos desde que foi tornado público esse desejo, tempo para se preparar - não digo para a administração pública, mas para a campanha política -, fazer os contatos políticos e econômicos, preparar a imagem de maior impacto eleitoral. Não por acaso, Huck tem potencial de ser o candidato dos dois extremos da sociedade: dos com muito dinheiro, que saem que ganharão com o marido da Angélica, e dos sem nada que não uma esperança ignorante e vã de um dia tirarem a sorte grande - na Mega sena ou no Caldeirão do Huck.

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