Por Fernando Brito
Ex-marido e sempre companheiro de lutas de Dilma Rousseff,
morreu esta madrugada, aos 79 anos, o advogado trabalhista e ex-deputado Carlos
Araújo, no Hospital São Francisco, do Complexo Hospitalar Santa Casa, em Porto
Alegre.
Carlos Franklin Paixão de Araújo, cuja saúde há bastante
tempo tinha problemas, fez parte, junto com a ex-presidenta, do grupo oriundo
da resistência armada à ditadura , conheceu Dilma em 1969, pouco antes de serem
presos pelo regime militar.
Ambos foram barbaramente torturados e Araújo chegou a tentar
o suicídio para não “entregar” companheiros.
Anos depois, libertados, entraram juntos no PDT e ele se
tornou um dos deputados mais votados do partido no Rio Grande do Sul.
Em 2000 afastou-se da política parlamentar – da política, nunca se afastou , com longas
conversas e articulações na austera varanda de sua casa, à beira do Guaíba – e
voltou a tocar seu escritório de advocacia trabalhista.
Discreto, e desde que Dilma passou a exercer cargos de
relevo – os dois se separaram nos anos 90, mas mantiveram sempre as relações de
amizade – passou a ser mais reservado ainda. Foram raras as suas manifestações
públicas. Uma delas, um entrevista a Luis Nassif, no Brasilianas, que reproduzo
abaixo.
Araújo saiu ontem da UTI, para morrer no quarto, em
companhia de amigos e da família. Deixa Paula, sua filha com Dilma Rousseff e
Gabriel, seu neto, e os filhos Leandro e Rodrigo.
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