sexta-feira, 23 de junho de 2017

FEIRA ONTEM, 1979

"Pinto Raposa" e o "Papagaio Devasso"

Servidor Municipal, Armando Curvelo Menezes, sinônimo de competência e honradez, chegou ao primeiro escalão da estrutura funcional nos governos de José Falcão e Colbert Martins.
Durante muitos anos foi o guardião do erário público, comandando, como secretário, a Pasta de Finanças,  hoje Fazenda.
Pintão como era conhecido, recorria sempre às economias de 'seo' Nestor e dona Ninha, sempre que precisava trocar o carro por outro menos velho.
O cansado "Dodgão" que o vereador Marinho (Caroço) lhe empurrou "guela abaixo" começou a emagrecer seu contra cheque. O grande "nó" estava nas difíceis peças pois para consegui-las tinha que mandar alguém ir "a Bahia".
Aconselhado, fez empréstimo bancário que somado a venda do Dodge compraria afinal um carro condizendo com o cargo que exercia.
Encarregado de vender o veículo, no dia seguinte seu amigo Baby Thyers disse que já tinha fechado negócio, inclusive por um preço acima do previsto.
A alegria de Pintão (o Pinto Raposa) durou pouco. Ao chegar com Thyers na casa do comprador recebeu em dinheiro apenas a metade. A outra parte em objetos usados arrematados em leilões públicos.
De quebra ainda teve de ficar com um papagaio, velho e tarado, pescoço raspado, bico mole mas bem falante, pois a todos pedia 'aquilo', inclusive ao novo dono.
Foi assim que o saudoso Pintão tirou o Dodge das costas e colocou o papagaio no ombro..
(Da Coluna Memória, de Adilson Simas, no Diário da Feira em 27 de novembro de 1998)

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