Por Mário Marona
O que diferencia a delação da JBS de tudo o que aconteceu
até hoje na Lava a Jato é o fato de que, pela primeira vez, ostensivamente, o
país toma conhecimento de que a Polícia Federal pode agir como polícia de
verdade – investigando sigilosamente, seguindo suspeitos, filmando crimes em
flagrante.
Finalmente, vê-se uma PF buscando provas contra os
suspeitos, em vez de refestelar-se preguiçosamente diante de delatores que
acusariam a mãe para escapar da prisão em que são mantidos como reféns até que
resolvam abrir o bico, pouco importando se estarão mentindo ou não.
Finalmente, o Ministério Público acusa sem precisar
apoiar-se apenas em delações desesperadas, carentes de qualquer comprovação ou
verossimilhança, além de documentos rasurados e sem assinatura, e-mails que
nunca foram enviados ou projeções toscas de powerpoint.
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