Indecoroso. Não há outra palavra para definir o “discurso” de Sérgio Moro no velório de
ministro Teori Zavascki.
Não foi uma visita final a alguém que está sendo velado.
Nessas, o visitante contrito, é silencioso, respeitoso.
Também não é o discurso fúnebre, que faz que tem autoridade
ou amizade com o morto a quem se está
dando as despedidas.
Também não foi uma entrevista, daquelas que se dá
quando abordado pela imprensa, em meio a
uma floresta de microfones, ali meio no improviso.
Foi um espetáculo cínico de autopromoção.
Cínico porque se sabe
que Teori Zavascki desautorizou Moro e anulou suas abjetas gravações ilegais
dos diálogos entre Dilma Rousseff e Lula, algo do qual Moro jamais se desculpou, mesmo quando foi chamado por
Teori a justificar-se.
Autopromoção, porque
chamou a si o papel de definir Teori como “herói nacional”, tudo aquilo que o
falecido ministro recusava, em nome do papel correto de juiz sereno e discreto,
mas que ele próprio, Sérgio Moro, anseia todo o tempo ser.
Decoro, Dr. Moro, é uma rima e seria uma solução, se nisso o
senhor já não fosse um caso perdido.
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