Por Mino Carta
Perdoem os leitores a exclamação, mas a arrogância e a
desfaçatez dos conspiradores passaram da conta
É golpe, é golpe sim.
Verdade factual, diriaHannah Arendt, a verdade única,
inegável. A despeito das afirmações em contrário de pançudos alquimistas do
engano, envoltos em prosopopeia. E dos editorialões dos jornalões e programões,
e das colunas e reportagens dos sabujos midiáticos, de lida tão árdua com o
vernáculo, mas de fantasia acesa.
E dos rentistas que se dizem empresários de um país que
exporta commodities, de juizecos provincianos e advogados mafiosos que em cada
lei enxergam a oportunidade de burlá-la. E de agentes ditos da ordem empenhados
em semear a desordem e de funcionários do Estado dispostos a financiar no
exterior campanhas a favor do golpe, como Furnas a patrocinar tertúlias
lisboetas de Gilmar Mendes e José Serra.
Vivemos uma tragédia e desta vez, no País à matroca, quantos
cidadãos se dão conta da sua condição de vítimas?
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