sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

100% ÓDIO, REINALDO AGORA ATACA BOECHAT DA BAND


Blogueiro da revista Veja admite a repercussão negativa de suas críticas raivosas ao arquiteto Oscar Niemeyer, mas prossegue: reserva 50% da sua raiva aos “petralhas” e “mensaleiros”; os outros 50% agora vão até para jornalistas da mídia tradicional, como o jornalista Ricardo Boechat, da Band
7 DE DEZEMBRO DE 2012 ÀS 18:28
Heberth Xavier_Minas 247 - A derrota de José Serra (PSDB) na eleição paulistana, e sua eventual morte política, parece estar mexendo com a cabeça de seu principal defensor na imprensa, o blogueiro da revista Veja, Reinaldo Azevedo.
Em novo post sobre a morte do arquiteto Oscar Niemeyer em seu blog, Azevedo mais uma vez confunde divergência com ódio, ressalva com raiva e crítica com perseguição. Antes disso, o blogueiro postou mais uma crítica raivosa, desta vez contra um jornalista -- não, não se trata dos chamados blogueiros “sujos” já tão criticados por ele. Agora 100% ódio, Reinaldo Azevedo ficou fulo da vida com uma citação, não nominal, feita por Ricardo Boechat, da Band.
Boechat lembrou no rádio, sem citar nomes, a infelicidade cometida por “certo jornalista”, que chamou o arquiteto Oscar Niemeyer de 50% idiota. Todos sabem, claro, que Boechat falava do blogueiro da Veja, mas justificou ocultar o nome “porque não valeria a pena”.
Mas foi o suficiente para atrair a ira de Reinaldo, que buscou como resposta uma história ainda mal contada que levou à demissão de Boechat do jornal O Globo, em 2001. Valeu-se, para isso, de uma reportagem da própria Veja sobre o caso, que versava sobre a guerra de bastidores na telefonia brasileira -- a matéria da Veja tinha lado numa história em que é difícil manter-se neutro, mas isso, é claro, Reinaldo Azevedo não notou.
O blogueiro percebeu, de qualquer modo, a repercussão negativa da sua crítica raivosa a Niemeyer. “É claro que a repercussão do que escrevi sobre Niemeyer é desproporcional”, diz Azevedo logo na primeira frase do post imediatamente seguinte ao de Boechat. Meio na defensiva, meio no ataque, ele justifica o “50% idiota” com o argumento de que, no Brasil, as pessoas sempre perdoam os mortos, não importa o que de errado tenham feito.
O jornalismo americano, por exemplo, de fato tem tradição, em obituários, de não apenas destacar as passagens louváveis de alguma personalidade morta. Faz parte e o nome disso se chama jornalismo. Mas tudo feito com elegância e sobriedade -- e ganha um doce quem provar que chamar um gênio e orgulho brasileiro, como Niemeyer era e é, de “50% idiota”, revela essa moderação na opinião.

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