domingo, 1 de janeiro de 2012

TÚNEL DO TEMPO - LEMBRANÇAS DO FLU DE FEIRA, HOJE COMPLETANDO 71 ANOS

O Fluminense e as glórias do passado

O Fluminense foi fundado numa quarta-feira, 1º de janeiro de 1941. Mas somente em 1944 começou a participar do campeonato feirense de amadores, sendo campeão nos anos de 1947, 1949, 1950 e 1953.

Este último valeu a conquista do tricampeonato, pois em 1951 e 1952 o certame não foi realizado.

Em 1954 com o vereador Wilson Falcão da UDN na presidência (tinha mais dois edis na diretoria – Colbert Martins do PSD e Walter Ninck Mendonça do PR), o clube passou a integrar como único do interior, a divisão de profissionais da Federação Baiana de Futebol.

Somente em 1967, com a estadualização do certame foram incluídos outros clubes do interior - Itabuna, Ilhéus, Conquista, etc e mais um desta cidade, o Bahia de Feira.

No período entre o seu ingresso no profissionalismo e a estadualização (1954/1967) soube dignificar o futebol interiorano.

Já em 1956 foi vice-campeão depois de uma “melhor de três” com o E. C. Bahia e em 1958 foi eleito “melhor clube” do ano pela associação dos cronistas baianos, a ABCD.

Com um elenco inesquecível, origem de muitos talentos, em 1960 e 1961 foi bicampeão na categoria de “aspirantes”.

Em 1963, com o campeonato entrando no ano seguinte, conquistou o primeiro titulo de campeão baiano, outra fez numa disputa “melhor de três” com o tricolor “esquadrão de aço”.

Campeão, ganhou o direito de representar o Estado na Taça Brasil. Calouro, não foi feliz, pois mesmo vencendo o Ceará por 2x1 na estréia, perdeu o jogo seguinte, forçando um uma terceira partida no campo do adversário, sendo desclassificado.

Com a estadualização em 1967 e a inauguração no ano anterior de um estádio mais moderno, (o “Jóia”, em 13 de novembro de 1966) o clube ganhou defnitivamente mando de campo e o apoio mais presente da fiel e aguerrida torcida, ainda hoje seu patrimônio maior.

Em 1968 foi outra vez vice-campeão e um novo título em 1969 depois de uma longa campanha (32 jogos e apenas três derrotas) marcada por “catimbas” dos adversários, dentro e fora de campo.

Em 1970 as reformas na Fonte Nova, levando os jogos da capital para o acanhado “Campinho da Graça” contribuíram para a fraca campanha do clube.

Mas em 1971 retornou com força total e outra vez chegou ao vice campeonato e em nova disputa com o Bahia.

Ainda em 1971 uma honrosa participação no Torneio da Integração, em Goiás, merecendo elogios da crônica especializada daquele Estado.

Uma “crise aguda” em 1972 colocou o clube na UTI, de onde só saiu, mesmo assim capengando, graças a abnegação de jovens torcedores, como Gersinho Filho da Chevrolet, Cosme Xavier contador, Adolfo Silva da Dislar, Gildarte Ramos do teatro, Gileno Lima da livraria, Alcione Cedraz da Prefeitura e poucos veteranos como Ariston Carvalho e o promotor Samuel Oliveira, apoiados e estimulados pela imprensa falada e escrita da cidade.
Em 1973, ano da emancipação política da cidade, o livro “A História do Fluminense de Feira – 1954/1972”, de autoria deste blogueiro, com prefácio de Hugo Navarro e capa de Juracy Dórea, narrando sua trajetória, serviu para manter o clube vivo, mas sem repetir os feitos do passado, quando era tido como o “Santos do futebol baiano”, alusão ao fato do clube de Pelé ser uma das maiores forças do futebol paulista, mesmo com origem no interior.

A propósito, a Fundação Senhor dos Passos, através do seu “Núcleo de Preservação da Memória Feirense” e por iniciativa do tricolor Carlos Alberto Brito, está reeditado o livro.

Como o original, do conhecimento de poucos, pois foi lançado há 39 anos, acredita a fundação que conhecendo melhor o papel e a importância do Fluminense para a Feira de Santana, todos darão as mãos para que como acontecia no passado, torcedores do clube e desportistas de um modo geral possam também cantar como nos velhos tempos:

Avante, avante, Fluminense! É hora, é hora, queremos mais um gooooooool...

2 comentários:

  1. por que não falam de chumbinho um grande ponta direita desse ano 1969 do fluminense campeão?

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  2. E também falar do craque Pinheirinho nascido e que foi artilheiro do campeonato e campeão baiano com o Fluminense de Feira de Santana??

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