terça-feira, 24 de novembro de 2009

ONDA DE OTIMISMO IMPULSIONA DESEMPENHO DE DILMA



Está no Blog de Josias de Souza

Onda de otimismo impulsiona desempenho de Dilma


Um devorador de estatísticas do PSDB se debruçou sobre o relatório da última pesquisa Sensus, divulgada nesta segunda (23).

Identificou no documento uma “onda de otimismo” a embalar o brasileiro. Atribui ao fenômeno a principal causa do crescimento de Dilma Rousseff.

Considera-o mais preocupante para a oposição do que o fato de José Serra ter perdido 14,7 pontos percentuais no intervalo de um ano.

Os números que chamaram a atenção do especialista tucano constam da página número 5 do relatório do instituto Sensus.

Estão assentados num quadro que revela a expectativa do eleitor em relação a temas diretamente relacionados ao seu cotidiano.

O noticiário deu atenção zero a esse pedaço da pesquisa. Um erro, na opinião do analista do PSDB.

Os pesquisadores do Sensus perguntaram ao eleitor, por exemplo, o que ele acha que vai acontecer com o emprego.

Em setembro, 59,6% dos pesquisados diziam que a situação iria melhorar nos próximos seis meses. Agora, esse índice foi a 62%.

Questionados sobre a “renda mensal”, 61,6% dos pesquisados disseram que a coisa vai melhorar. Em setembro, o índice era menor: 56,6%.

Sobre educação: 62,5% dos eleitores declararam que a situação do setor vai melhorar nos próximos seis meses. Em setembro, 57,9% davam a mesma resposta.

Mesmo nas áreas de saúde e segurança pública, que costumam inspirar mais críticas do que elogios, houve oscilação para o alto.

Em setembro, 53,8% dos eleitores achavam que haveria melhorias na saúde. Agora, o índice dos otimistas oscilou para 55,3%.

Em relação à segurança, 48,2% diziam em setembro que o quadro experimentaria melhora nos seis meses seguintes. Na nova pesquisa, o índice subiu para 52,2%.

Eis a conclusão do mastigador de pesquisas tucano: tomados em conjunto, esses dados tendem a favorecer a candidata de Lula.

Acha que o otimismo do brasileiro, por latente, joga água no moinho da continuidade, mola propulsora do projeto Dilma-2010.

O analista, que falou ao blog sob a condição do anonimato, atribuiu pouca importância aos índices dos candidatos.

Afirma que, a um ano da eleição, o retrato do que vai na alma do eleitor é mais relevante do que o percentual de intenção de votos.

De resto, avalia que a perspectiva de retomada do crescimento da economia vitaminará ainda mais a atmosfera benfazeja que rodeia Dilma.

O que a oposição deveria fazer? Segundo o tucano afeiçoado a estatísticas, não há senão a alternativa de fixar contrapontos a Dilma.

Algo que depende da definição da peleja interna travada entre Serra e Aécio Neves e da formulação de um programa alternativo ao de Lula.

Propostas sólidas, não intenções genéricas. Considera essencial que a oposição diga o que vai manter e o que vai modificar caso retorne ao Planalto.

De resto, acha que é vital desarmar a armadilha plebiscitária que Lula acomodou no caminho da oposição.

Como fazer? Repisando à exaustão a tecla de que a disputa de 2010 não será um duelo entre Lula e FHC.

Por quê? Além considerar a era Lula melhor do que o ciclo FHC (76%), o eleitor mantém nas alturas a aprovação do presidente (78,9%) e do governo dele (70%).

Pior: 49,3% declaram que não votariam num presidenciável apoiado por FHC. De novo, o PSDB teria de levar rapidamente um candidato à vitrine.

Para o analista tucano, a demora facilita a vida de Lula. Não havendo um candidato oficial da oposição, o presidente pode continuar centrando fogo em FHC, arrastando-o para o ringue.
Escrito por Josias de Souza

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