domingo, 24 de maio de 2009

OS POETAS DE FEIRA DE SANTANA (XXIV)

SOLICITUDE
Georgina Erismann

Na tarde cinza que vai morrendo...
Uma onda de saudade,
de repente, me invade.
E o pensamento, prendendo-se à distancia,
forma um inquérito emotivo:



"Que será feito dos meus pobres,
dos probrezinhos com que eu dividia
o pão da minha alegria?
Qu será feito do meu gato Baiano,
sem ouvir mais o meu piano?
E da nossa constante lavadeira,
Misto de mármore e de carvão?
Estará florida minha cajazeira,
e os pássaros que nela saltitavam,
ainda aí cantarão?
Estará viçosa a hera da parede,
E que fim levaria minha rede?"


Quanta lembrança tenho,
de tudo que foi meu...
Como a gente quer bem,
à Terra onde nasceu!

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